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quarta-feira, 6 de junho de 2012
Olhos cansados.
Tempo parado
e aquele risco de absorver
um ar irrespirável,
de criar um poema-retrato,
com a intenção definida
de reproduzir a própria imagem.
Aquela vontade de um chàzinho,
um cafèzinho,
um carinho,
com o apôio do friozinho ...
E contar ao papel
o quanto o Planeta é pequeno,
que falta o ar.
Que os sentimentos silenciosos
tornam-se ainda mais eloquentes,
mais arrojados
quando a dor de cabeça implacável
é quase irremediável.
Sensações próprias do outono-inverno
que combina marrom com cinza
em vez do amarelo ensolarado
com azul claro.
Cadê a luminosidade prateada da lua?
Resta adormecer mais cedo
pra recompor-se
e facilitar as manobras
do dia seguinte.
Cumprir os horários de xale
pra prevenir-se dos refriados,
logo depois de ascender o abajour,
bem cedinho.
Fazer uma oração eficiente,
apuradíssima,
em velocidade baixa,
mas com os faróis altos
ao trajeto lento.
Palavras nada rotineiras,
alma além-fronteiras.
Poemas.
Olheiras.
O dia que eu deixar de sonhar, que eu deixar de pensar por mim, minha caminhada terá terminado. São os sonhos e os objetivos que definem o caminho a ser percorrido.
Poesia é um furor incendiário crescente. Um desatino incalculável. Um resquício de pranto, súplica que sussurra longamente. Poesia é um começo de religiosidade quando tecida de palavras fervorosas. Uma fé extrema. Um calvário.
Imagem: (Xale)- Artesanato Cecília Fidelli.
ResponderExcluirO dia que eu deixar de sonhar,
ResponderExcluirque eu deixar de pensar por mim,
minha caminhada terá terminado.
São os sonhos e os objetivos
que definem o caminho
a ser percorrido.
Cecília Fidelli.
Quando os sinos tocam.
ResponderExcluirPoesia
é um furor incendiário
crescente.
Um desatino incalculável.
Um resquício de pranto,
súplica
que sussurra longamente.
Poesia
é um começo de religiosidade
quando tecida
de palavras fervorosas.
Uma fé extrema.
Um calvário.
Cecília Fidelli.