Direitos Autorais -
Lei número 9.610 - de 19.02.1998.

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domingo, 10 de julho de 2011

Conjugue o verbo escrever

Na Desorganização Nacional dos Escritores,
vimos de tudo um pouco.
Hoje temos a net como companheira assídua.
E a gente deita e rola.
Escrevemos sobre tantas coisas...
Sobre recordações, por exemplo.
Não nos levam pra frente,
mas nos permitem voltar
e até parar um pouco no passado.
Sobre saudade, coisa que todo mundo sente.
A vontade de escrever,
é algo que acontece instantaneamente.
No silêncio do intelectualizado ou não,
tantas contradições flexíveis,
que ecoam pra que a gente se entenda.
Através de nossos escritos
podemos dar e receber abraços
que são até consistentes.
Se solidão é o abandono de nós mesmos,
nem temos mais essa desculpa.
Temos as amizaades virtuais.
Então, lá vem os scraps.
Imensos, luminosos, brilhantes,
que eu não costumo enviar
nem gosto de receber.
Respeito quem tem baixa visão
e isso, bem dentro do que minha visão
consegue ver mas só, lacrimejando.
Muitos procuram nessas amizades,
carinho, atenção, ou auto-projeção.
Quem não escreve, envia os scraps prontos.
Muitos vem carregados de moralismos,
outros carregados de imoralismos,
enviam vídeos sem sequer se perguntarem
se nosso gosto é pelo menos semelhante.
Pra isso, temos o you tube, gente.
Dá pra perceber  o por quê dessa ladainha?
Porque transmissão de pensamento,
não é tão eficiente.
Entretanto é assim que passamos a conhecer
interiores tão ardentes.
Mas uma grande maioria chega nas redes sociais
para encontrar um amor,
na intenção de plantar uma semente que dê flores
coloridas, perfumadas, de preferência sem espinhos.
Escrever não é uma grande bobagem.
Eu diria que são pequenos prazeres.
E pra ser poeta, é preciso apenas saber ler e escrever.
Escrever sobre tudo o que é muito bonito,
além de dizer que nem sempre a gente acorda
sorridente.
Se fosse possível, eu gostaria de relatar apenas
sobre cafunés sem reticências.
Você gostaria de ouvir?
Digo, de ler?
Eu, mais um exemplo, não gosto de ler biografias.
Não permitem questionamentos, não dão respostas.
Só provam que alguém existe ou existiu.
São capazes de interferir, de ferir e podem até mudar
algumas cabeças, que se perdem com elas,
se aquecem, quando na verdade, todas as vidas,
têm conteúdos semelhantes.
O processo é lento, principalmente se buscarmos
analisatas, em vez de poesias, que pra mim,
são charlatães oficializados.
Ou não seriam humanos como a gente?
Acompanhar eles acompanham,
mas é preciso saber se eles realmente nos entendem,
e se têm as soluções aos nossos problemas.
Eu, heim?
Uma série de halloweens aborrecidos.
Se eles disserem que a vida é repleta de esperanças,
é provável que ainda assim,
digamos que não mudam nossas eloquências.
A verdade é que escrevendo, cada um diz o que quer,
cada um diz o que pensa, o que sente.
Como é gostoso ler um texto com o qual me identifico!
É mais ou menos como cantar.
Quem não gosta do que escrevo, é só me deixa de canto.
Apesar de que as diferenças hoje em dia,
são tratadas assim: Se eu bato em você,
você pega, e bate em mim.
Ou não é assim?
Enfim, é isso.
Se resolver me escrever, saiba que
gosto de textos surprendentes, contundentes, viu?
Abudâncias de mensagens desinteressadas
também são muito bem-vindas.
Forças inteligentes idem, fazem com que
eu me refugie um pouco mais nas letras e pense.
Cada um de nós é único.
Se você não escreve porque precisa
de um encorajamento aqui está:
- Vamos trocar, um puxa o outro estica.
No papel ou nos teclados, vamos produzindo delírios.
Induzindo ou sem induzir o que acontece até,
inconscientemente.
Coragem.
Não deixa de ser uma aventura.
Amanhã ou depois, volta aqui.
E deixe o endereço do seu blog.
Nos visitamos como se tivessemos feito um passeio.

Cecília Fidelli.

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