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segunda-feira, 14 de março de 2011

Hoje, não!

A saudade não dá trégua.
Está sempre na comissão de frente.
Ela não se segura.
Vai até o talo.
É difícil se manter em pé desse jeito.
Ela passa por nós em toda extensão.
Ela alega que não pode fazer nada.
A gente procura entender.
Revê nossa história e procura pensar
que é tudo uma grande fantasia.
Tentamos intervir sobre nós mesmos.
Suponho que isso contribua para
crescermos internamente.
Quando se recebe a saudade,
de braços fechados, queremos arranjar
uma culpa, várias desculpas.
Mas as disposições são muito inferiores,
queiramos ou não às nossas vontades.
Saudade.
Saudade atropela rudemente as emoções.
É um processo tão objetivo!
Surpreendidos por isso,
nos tornamos devedores da própria vida.
Devemos reagir.
Mas surgem novos subsídios
que nos deixam profundamente tristes.
Ninguém tem um fundo reserva que socorra a dor.

Cecília Fidelli.

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